Vínculo mãe-bebê

Nesses 9 anos de enfermagem neonatal (e também há uns dois anos vendo amigas que viraram mães), fico observando as diferenças entre as bebês e crianças e às vezes me questiono sobre todos os fatores que influenciam na formação da personalidade.

Independente da sua crença, uma coisa é fato – a energia envolvida na criação de vínculo e afeto entre a mãe e o bebê é um dos fatores mais impactantes.

O vínculo entre mãe e bebê tem início na gestação e sabemos que o feto precisa se sentir amado e desejado para que tenha um desenvolvimento saudável e harmonioso. E, ao contrário do que muitas vezes as mães criam de expectativas, a formação de vínculo não é instantânea – a formação de vínculo é gradativa e necessita de tempo, compreensão e amor.

Até os três primeiros meses de vida intra-uterina, as mensagens enviadas pela mãe são, em grande parte, incompreendidas pelo embrião, muito embora possam causar-lhe desconforto se percebidas como desagradáveis. A partir do terceiro trimestre de gestação, o bebê começa a dar significado às emoções e aos sentimentos da mãe, e é quando ele começa também a desenvolver a sua personalidade.

Se a mamãe for amorosa e tiver uma relação afetiva com seu bebê, vai ajudar para que nasça uma criança confiante e segura de si. Assim também, se mães deprimidas que privam o feto de seu amor e apoio, certamente favorecerão o estado depressivo e a presença de neuroses na criança e que podem ser constatados após o nascimento, pois sua personalidade foi estruturada num clima de medo e angústia.

O feto sente o que a mãe sente, até como um atitude de solidariedade, porém, com intensidade diferente e sem a compreensão materna. As emoções negativas são percebidas como um ataque a si próprio.

FETO

Depois do nascimento, principalmente no primeiro trimestre de vida do bebê, a ligação entre mãe e bebê é quase “telepática” e tudo que a mãe sente ou pensa é transmitido para o bebê. Por exemplo, uma mãe ansiosa com dificuldades para amamentar vai deixar o bebê ansioso e irritado nos horários de mamada. Por outro lado, uma mãe tranquila, orientada e segura em suas ações, confiando no seu instinto, vai passar essa segurança e tranquilidade ao bebê e tornar as atividades do dia-a-dia muito mais agradáveis.

Estamos aqui para ajudar você e sua família a TRANSFORMAR esse momento. Portanto, conte conosco para adaptação a essa nova vida que é a maternidade.

Lembre-se de três regras:

  • peça ajuda – tentar fazer tudo sozinha só vai te deixar mais cansada e aumentar a frustração de uma situação da qual você não tem controle
  • confie no seu instinto – empodere-se da maternidade e entenda que o bebê é seu, tenha um profissional ao seu lado pra te orientar, para que você tenha as informações seguras e corretas e tome decisões com confiança
  • tem que ser gostoso – se não estiver curtindo, peça ajuda profissional

 

Carol

Enfermeira neonatologista

COREN-SP 205.257


Observações

  1. Márcia Oliveira de Paiva Diz: dezembro 21, 2017 at 10:40 am

    Olá estou com 19 semanas e fiz a consulta do pré natal com uma enfermeira que na hora de examinar minha barriga ouviu dois corações fora o meu um batia 159 bom e outro 153 me disse que são dois bebê mas vou fazer meu primeiro ultrassom na sexta será que ela não inganou com o som do cordão umbilical fiquei muito anciosa vc pode me ajudar nesta dúvida desde de já agradeço

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